Postado por Augustus Nicodemus Lopes em seu blog: O Tempora, O Mores
"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus,
porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21).
De acordo com o relato acima do Evangelho de Mateus, o nome
de Jesus Cristo foi dado pelo anjo Gabriel quando anunciou seu nascimento a
José, desposado com a virgem Maria.
Gabriel não somente disse que Maria estava grávida pelo Espírito Santo
de Deus como orientou José a chamar o filho de "Jesus".
A razão para este nome, cuja raiz em hebraico significa
"salvar," é que aquele menino, filho de Maria e Filho de Deus,
haveria de salvar o seu povo dos seus pecados, conforme anunciou o anjo.
Não precisamos ir mais longe do que isso para entender o
significado do Natal. Está tudo no nome do Menino. No nome dele, Jesus, temos a
razão para seu nascimento, a sua identidade e a missão de sua vida. Em outras
palavras, aquilo que o Natal realmente representa.
A razão do seu nascimento é simplesmente esta, que somos
pecadores, estamos perdidos, não podemos resolver este problema por nós mesmos
e precisamos desesperadamente de um Salvador, alguém que nos livre das
consequências passadas, presentes e futuras dos nossos erros. Deus atendeu
nossa necessidade escolhendo um homem como nós para ser nosso representante e
Salvador, alguém que partilhasse da nossa humanidade e fosse um de nós. Esse
homem nasceu há dois mil anos naquela manjedoura da cidade de Belém, num pais
remoto, lá no Antigo Oriente. E ganhou o nome de Jesus por este motivo.
Sua missão era assumir nosso lugar como nosso representante
diante de Deus e sofrer todas as consequências de nossos pecados, erros,
iniqüidade, desvios e desobediências. Em vez de castigar-nos com a morte
eterna, como merecemos, Deus faria com que ele a experimentasse em nosso lugar,
que ele experimentasse toda dor e sofrimento conseqüentes dos nossos pecados.
Essa missão foi revelada logo ao nascer pelo anjo Gabriel ao recitar seu nome a
José: Jesus.
Para nos salvar de nossos pecados, ele teria de sofrer e
morrer, ser sepultado, ficar sob o domínio da morte e desta forma pagar
inteiramente nossa dívida para com Deus. Somente assim poderíamos ser salvos
das consequências eternas de nossa desobediência. Mas, para que os benefícios
de seu sofrimento e de sua morte pudessem ser transferidos a outros seres
humanos, ele não poderia ter pecado ou culpa pois, senão, ao morrer, estaria
simplesmente recebendo o salário do seu próprio pecado. Mas, se ele fosse
inocente, sem pecado e perfeito, sua morte teria valor para os pecadores. Por
este motivo, ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, ainda
virgem, Filho de Deus, sem pecado. O Salvador tinha que ser Deus e homem ao
mesmo tempo.
Quando um colunista, que objeta ao nascimento sobrenatural
de Jesus, escreveu recentemente em um jornal de grande circulação de São Paulo
que virgens não dão à luz todos os dias, ele estava mais certo do que pensava.
Esse é o único caso. Jesus é único. Deus e homem numa só pessoa. Nem antes e
nem depois dele virgens engravidam sobrenaturalmente. Da mesma forma que Deus
não cria mundos todos os dias, também não gera salvadores de virgens
cotidianamente. Pois nos basta este.
O famoso teólogo suíço Emil Brunner disse que todo homem tem
um problema no passado, no presente e no futuro. No passado, culpa. No
presente, medo. E no futuro, a morte. Jesus nos salva de todas estas
consequências do pecado: nos perdoa da culpa de nossos erros passados, nos
livra no presente do medo ao andar conosco e nos livrará da morte pois
ressurgiu dos mortos e vive à direita de Deus. Um dia haverá de nos
ressuscitar.
É isto que o Natal representa. É por isto que os cristãos o
celebram com tanta gratidão e alegria. Nasceu o Salvador. Nasceu Jesus! Como este anúncio alegra o coração daqueles
que têm culpa, sentem medo e sabem que vão morrer!
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