Em fim chega em português o documentário sobre a vida daquele que foi considerado o príncipe dos pregadores: Charles Haddon Spurgeon. Vale a pena conferir!
quinta-feira, 26 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Combatendo o pecado com a verdade!
"Quando li o título desta mensagem, não tive dúvidas em reproduzi-la no blog, devido a fatos que ocorreram e ainda correm em meio as igrejas e inclusive a qual frequento". Breno Silveira
Paulo nos oferece o modelo completo de um ministro cristão.
Pastor vigilante, ele se preocupava sem cessar com o rebanho confiado a seus
cuidados. Ele não se limitava a pregar o Evangelho, e não cria ter completado
todo o seu dever em anunciar a salvação, mas seus olhos estavam sempre voltados
às Igrejas que havia fundado, seguindo-as, com um interesse zeloso, no seu
progresso ou declínio na fé. Quando ele tinha que ir proclamar o Evangelho
eterno em outras regiões, ele não cessava de velar pelo bem estar espiritual de
suas vibrantes colônias cristãs da Grécia e da Ásia menor, semeadas por ele em
meio às trevas do paganismo; e enquanto acendia novas lâmpadas na tocha da
verdade, ele não negligenciava aquelas que já flamejavam. É assim que, em nosso
texto, ele dá à pequena Igreja de Filipos uma prova de sua solicitude, lhes
dirigindo conselhos e advertências. E o Apóstolo não era menos fiel que
vigilante. Quando via pecado na Igreja, não hesitava em denunciá-lo. Ele não
lembrava a maioria dos pregadores modernos, que se vangloriam de não ter jamais
tido uma relação pessoal com seu rebanho ou jamais ter incomodado suas
consciências, e que põem sua glória naquilo que é enganoso; porque tivessem
eles sido fiéis, tivessem exposto sem impureza todo o conselho de Deus, teriam
infalivelmente, uma vez ou outra, ferido a consciência de seus ouvintes.
Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes eu
vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.
O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na
sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. (Fil. 3:18,19).
Paulo agia totalmente diferente: ele não temia atacar
frontalmente o pecador, e não somente tinha a coragem de declarar a verdade,
mas sabia da necessidade de insistir sobre esta verdade: "Repetidas vezes
eu vos dizia, e eu vos digo ainda, que muitos entre vós são inimigos da cruz de
Cristo”.
Mas se, por uma parte o apóstolo era fiel, por outra ele era
cheio de afeto. Como todo ministro de Cristo deveria fazer, ele amava
verdadeiramente as almas sob seu encargo. Se ele não podia admitir que algum
membro das Igrejas colocadas sob sua direção se desviasse da verdade, não podia
mais ainda lhes repreender sem derramar lágrimas. Ele não sabia brandir a ira
com o olho seco, nem denunciar os juízos de Deus de maneira fria e indiferente.
As lágrimas brotavam de seus olhos, enquanto que sua boca
pronunciava as mais terríveis ameaças; e quando censurava, seu coração batia
tão forte de compaixão e amor, que aqueles a quem ele se dirigia não podiam
duvidar da afeição com que suas censuras eram ditadas: “Eu, repetidas vezes vos
dizia, e agora vos digo até chorando”.
Meus amados. A advertência solene que Paulo, outrora,
dirigiu aos Filipenses nas palavras de meu texto, eu as dirijo a vocês hoje,
para que entendam.
Temo que esta advertência não seja menos necessária em
nossos dias que nos tempos do Apóstolo, porque em nossos dias como nos dias do
Apóstolo, há vários na Igreja cuja conduta testemunha fortemente que são
inimigos da cruz de Cristo. Que posso dizer? O mal, longe de diminuir, me
parece ganhar terreno a cada dia. Há, em nosso século, um maior número de
pessoas que fazem profissão de fé que no tempo de Paulo, mas há também mais
hipócritas.
Nossas Igrejas, eu lhes digo para sua vergonha, toleram em
seu seio membros que não têm nenhum direito a este título; membros que estariam
bem melhor se postos em uma sala de festim, ou em qualquer outro lugar de
dissolução e loucura, mas que jamais deveriam molhar os lábios no cálice
sacramental ou comer o pão místico, emblemas dos sofrimentos de nosso Senhor.
Sim, em vão procurariam dissimular que há vários entre nós – (e se tu voltasses
à vida, ó Paulo. Quanto não te sentirias apressado em nos dizer, e quantas
lágrimas amargas não derramarias ao nos dizer!...) – que são inimigos da cruz
de Cristo, e isto porque o deus deles é o ventre, porque eles dirigem suas
afeições às coisas da terra, e sua conduta está em completo desacordo com a
santa lei de Deus.
Charles Haddon Spurgeon.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Inclina-me a Palavra, não a Cobiça! - C. H. Spurgeon
Inclina-me o coração a tua Palavra, e não à cobiça.
Inclina-me o coração a tua Palavra. Esta oração não parece
supérflua, já que, evidentemente, o coração do salmista es¬tava posto na
obediência? Estamos convencidos de jamais haver sequer uma palavra sobrando [ou
supérflua] na Escritura. Depois de rogar por uma virtude ativa, era
indispensável que o homem de Deus rogasse para que seu coração fosse posto em
tudo quanto ele fizesse. O que seriam seus avanços se seu coração não avançasse
também?
É possível que Davi sentisse um desejo flutuante, uma
propensão desordenada de sua alma por lucros materiais; possivelmente, mesmo
instruído em suas mais devotas meditações, de repente clamasse por mais graça.
A única forma de curar uma inclinação errônea é manter a alma voltada para a
direção oposta. A santidade do coração é a cura para a cobiça. Que bênção
podermos pedir ao Senhor até mesmo uma inclinação!
Nosso querer é livre; todavia, mesmo sem violar sua
liberdade, a graça pode inclinar-nos na direção certa. Isso pode ser feito
através da iluminação do entendimento quanto à excelência da obediência,
através do fortalecimento dos hábitos de nossa virtude, pela experiência da
doçura da piedade e por muitos outros meios. Se algum dever se nos torna
maçante, cabe-nos oferecer-lhe esta oração com especial referência; é preciso
que amemos todos os testemunhos do Senhor; e se falharmos em algum deles, então
que prestemo-lhe duplicada atenção. A tendência do coração é o caminho para o
qual a vida se inclina; daí a força da petição: "Inclina meu
coração." Felizes seremos quando nos sentirmos habitualmente inclinados a
tudo quanto é bom! Esse não é o modo como um coração carnal sempre se inclina;
todas as suas inclinações estão em franca oposição aos testemunhos divinos.
E não à cobiça. Esta é a inclinação da natureza, e a graça
tem de pôr um basta nela. Este vício é tão injurioso quanto comum; é tão banal
quanto miserável. É idolatria, e portanto destrona a Deus; é egoísmo, e
portanto é cruel a todos em seu poder; é sórdida ambição, e portanto venderia o
próprio Senhor por dinheiro. É um pecado degradante, aviltante, obstinado,
mortal, que destrói tudo o que o rodeia, tudo o que é amável e cristão. O
cobiçoso pertence à confraria de Judas, que com toda probabilidade se tornará
pessoalmente o filho da perdição. O crime da cobiça é comum, porém bem poucos
se dispõem a confessá-lo; pois quando uma pessoa cumula ouro em seu coração, o
pó dele embaça seus olhos, de modo que não consegue divisar seu próprio erro.
Nosso coração provavelmente tenha algum objeto de desejo, e a única maneira de
isentá-lo do lucro profano é pondo em seu lugar os testemunhos do Senhor. Se
nos sentirmos inclinados a tomar uma vereda, seremos atraídos para outra; a
virtude negativa com certeza é mais facilmente dominada quando a graça positiva
predomina.
(Charles Haddon Spourgeon)
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